Operação tem como alvo comandante da 11º CRPM

MP e Policia Civil cumpriram mandados. Oficial indicado por Ernesto Roller para comando de Formosa e região é acusado por suspeita de improbidade.  Raiza diz que não cometeu nenhum crime e que tudo não passa de retaliação

O juiz da Vara de Fazendas Públicas da Comarca de Formosa, Rodrigo Victor Foureaux Soares, autorizou no dia 10 de julho a operação “Arca de Noé”, que cumpriu mandados de busca e apreensão, após investigações desenvolvidas pelo Ministério Público de Goiás/MP-GO, por meio da 5º Promotoria de Justiça, de controle externo da atividade policial. Segundo informações da assessoria de imprensa do MP-GO as investigações apontaram a prática de improbidade administrativa por parte do tenente coronel, comandante do 11º Comando Regional de Policia Militar, Luiz Antônio Raiza, que está sendo acusado do uso ilegal da estrutura da PM, sob seu comando, para benefício pessoal e econômico.  Ainda segundo a denúncia do MP, em um dos casos levantados, Raiza, valendo-se de sua condição de oficial, solicitou de fazendeiro da região mais de 3 toneladas de insumos para alimentação de gado, que foi transportado do município de São João d’Aliança até Formosa com escolta de viatura da polícia militar e posteriormente até sua fazenda. Nesse caso de improbidade administrativa, para o MP o acusado contou com o auxílio de um suposto contraventor que chefia o jogo do bicho na região, Luiz Jesus Cerutti, com quem o comandante manteria negócios. Os mandados de busca foram cumpridos na casa e chácara de Cerutti, onde as equipes apreenderam documentos, computadores e duas armas de fogo. Pela posse ilegal das armas o investigado foi preso em flagrante e conduzido à delegacia de polícia. Na informação repassada pelo MP, simultaneamente foram “estouradas” oito bancas de jogo do bicho em Formosa, com apreensão de farto material da jogatina. A operação foi coordenada pelo promotor de Justiça, Douglas Chegury e pelo delegado de Polícia Civil, José Antônio Sena e contou com o apoio do centro de inteligência do MP e do grupo de operações especiais da Polícia Civil. Caso sejam condenados pela prática de improbidade administrativa, os envolvidos estão sujeitos a perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa. As investigações terão prosseguimento para identificar outros envolvidos no esquema.

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