Locutor de carro de som em Formosa diz que vai transferir policiais que o prenderam

Preso por perturbação, embriagues e desacato, vereadores fazem “vaquinha” para arrecadar dinheiro e soltar o acusado pela Polícia Militar 

No momento da prisão, Breno Marcelino Ferreira, conhecido por “Breno Berlutinny”, disse aos policiais que é amigo de políticos e que por isso iria usar sua influência para transferir todos. Os crimes cometidos, segundo a Policia Militar/PM, foram os de desacato consumado, conduzir veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de drogas e ainda tentativa de corrupção ativa. Após a prisão em flagrante de Breno e a mulher Deisiane Xavier Rodrigues, na noite de domingo, dia 28 de novembro, um grupo de vereadores de Formosa se uniram para fazer “vaquinha”, levantando dinheiro para pagar a fiança e a pensão alimentícia de uma criança, da qual Breno é o pai. Segundo o registro da ocorrência, por determinação do COPOM, uma equipe da PM, composta pelo cabo João Luiz Pires Freire e o soldado Luiz Gustavo Araújo Bachur de Queiroz, se deslocou para atender um caso de perturbação do sossego público na Avenida Valeriano de Castro, saída para o Itiquira. Breno, visivelmente bêbado, “fazia e acontecia” e quando a polícia chegou quis ser autoridade. Seu carro, uma S10 Chevrolet branca, placas GXT 3033, irregular, com documentação atrasada desde 2016 e sua habilitação, apenas para moto, também atrasada desde 2018, foi o que os policiais encontraram. Além disso, a embriagues ficou evidente e constatada. 

“PODEROSO” –  Chamado de irresponsável por um dos policiais, foi conduzido e preso.  No Hospital Regional, para onde foi levado para realização do exame de constatação do teor alcoólico e corpo de delito, segundo a polícia, Breno causou tumulto e desordem, gritando, desacatando a equipe e (se referindo à todos como covardes, racistas, que forjam ocorrências, vagabundos, e que queria sair na “porrada” com os policiais), ameaçando transferir os agentes de segurança para outra cidade, usando para isso a sua “influência política”, porque “tem poder” e é amigo de políticos da cidade. Não satisfeito com a situação criminosa, Breno e a mulher, tentaram subornar os militares. Ao conferir a situação jurídica do acusado, já na delegacia, a Polícia Civil/PC, descobriu que contra Breno, constava uma ordem de prisão, pelo não pagamento de pensão alimentícia a uma criança, o que agravou a situação do locutor. Sem condições de pagar nem mesmo a fiança arbitrada, ele se viu obrigado a acertar o valor total também da pensão atrasada para poder se livrar da cadeia.  Em apoio explícito aos crimes e desconsiderando os trabalhos da PM e da PC e o incomodo gerado à sociedade, alguns vereadores formosenses se uniram para arrecadar dinheiro, na tentativa de resolver a situação do acusado e tirá-lo da Casa de Prisão Provisória/CPP. 

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