Kalungas da região querem ser vacinados contra a covid como grupo prioritário

Kalungas de comunidades quilombolas do Nordeste de Goiás, demostram preocupação, por ainda não estarem inclusos nos grupos prioritários para receberem primeiro a vacinação contra a Covid-19. Segundo uma moradora, as unidades de saúde ficam a dezenas de quilômetros de distância dos locais onde as famílias moram e isso faz com que todos temam mais casos graves da doença. O prefeito de Cavalcante, Vilmar Souza, que é kalunga e membro dessas comunidades, esclarece que há mais de 1700 famílias, somando cerca de 10 mil pessoas nas comunidades espalhadas pelo seu município e também em Teresina de Goiás e Monte Alegre de Goiás. “A urgência é porque muitas pessoas moram longe das cidades, algumas há mais de 150km por estradas ruis e de terra. Precisamos de apoio na locomoção. Muitos lugares não têm energia, talvez tivesse que deslocar todo mundo e vacinar”. Vilmar explica também que o quanto antes conseguirem imunizar todas essas pessoas, mais cedo elas voltarão a receber turistas do mundo todo, principal fonte de renda de grande parte da população do território kalunga, “Muita gente querendo emprego porque não tem renda. Com a vacina, facilitaria reabrir o turismo do local”, afirma.

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