Evidências apontam participação de empresários no financiamento de atos durante manifestações após eleição presidencial

Procuradores-gerais de Justiça de vários estados protocolaram informações no Tribunal Superior Eleitoral/TSE, que investigações estaduais identificam a participação de empresários no financiamento de atos de revolta eleitoral pelo país. Segundo um dos procuradores já está detectada a atuação de empresários, entidades de classe e até de prefeituras na organização dos bloqueios de estradas e nos atos em quartéis do Exército. “São empresários que são financiadores, nós já temos alguns nomes, mas que não podemos relevar, que estão sendo investigados”, afirma um promotor de Justiça. Segundo ele, há uma grande organização criminosa com funções predefinidas. Financiadores, arrecadadores, tem várias mensagens com número de Pix e tudo mais, para que as pessoas possam se abastecer financeiramente. E a partir daí nós temos que estabelecer quem exercia qual função. 

ABSURDOS – Em Goiás as investigações se concentram também na atuação de empresários e a criação de “listas” para impedir consumidores de utilizarem determinados produtos ou serviços no Estado. “A gente tem percebido um movimento de criar listas de pessoas e empresários, cujos consumidores não deveriam consumir ali produtos ou serviços. Estão criando embaraço à livre iniciativa do comércio, algo que não víamos há muitos anos”, afirma um promotor. Desde a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no dia 30 de outubro, diversas manifestações de bolsonaristas defendem pautas como “intervenção federal” ou “intervenção militar”. O movimento teve início com o fechamento de estradas e migraram para atos na frente de quartéis. Em Formosa, os manifestantes, inicialmente se concentraram no trevo da saída Sul, com a interrupção do tráfego de veículos e pessoas na movimentada BR-020. Dias depois, os mesmos se deslocaram para as imediações do Forte Santa Barbara e também em frente ao Quartel General do Exército, em uma área militar da Capital Federal. Os bloqueios nas rodovias persistiram em pontos isolados e perderam força ao longo dos dias.

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