A história de 90 anos e a modernidade de Leana

A Formosa de outros tempos e costumes continua presente na vida de personalidades que fizeram e fazem a história do município. Uma dessas pessoas é a formosense Leana Campos de Paiva, que completa 90 anos se adaptando à vida moderna e inserida no dia-a-dia da cidade.  Esposa do saudoso Eduardo de Paiva o “Eduardão”, conhecido por sua atuação como pecuarista e presidente do Sindicato Rural de Formosa, onde hoje está o Museu Couros, e por ser devoto de Nossa Senhora da Abadia, Leana e suas nove décadas de experiência tem muita história para contar. Mãe de seis filhos, criou mais seis crianças e hoje são nove netos, cinco bisnetos e um grande número de pessoas amigas que convivem em sua casa. Sua família é uma das fundadoras da “Cidade dos Couros” ou a Vila Formosa da Imperatriz. O pai de Leana, Leonel de Almeida Campos o “Seu Lio”, como era conhecido, foi tabelião do Cartório do 1º Ofício de Notas, além de jornalista, escritor, historiador e um dos fundadores da Maçonaria de Formosa. Sua mãe, Anna Ribeiro de Freitas, foi chefe dos Correios da cidade. Leana, que chegou a lecionar na primeira escola pública de Formosa, Grupo Escolar Americano do Brasil, que ficava no casarão demolido na Praça Imaculada Conceição, em frente a também demolida Igreja do Rosário, hoje Catedral Diocesana, é tataraneta de Alta Vidal, primeira professora do município e região. Leana de Paiva está completamente inserida na história de Formosa, além de continuar a ser protagonista em assuntos de religiosidade e ações sociais. Ela é junto com o marido, um dos primeiros casais foliões da tradicional Festa do Divino Espírito Santo. Sua fazenda, a Paranaguá, ainda hoje é palco de “pouso” da Folião da Roça, além de encontros religiosos e retiros espirituais. Patrona do monumento do Cristo Redentor, símbolo de fé na entrada de Formosa, ao lado do bispo Dom Paulo Roberto Beloto e do empresário D’Artagnan, é a financiadora da estátua, que mostra sua dedicação ao Catolicismo. Segundo uma de suas filhas, desde o início, pautou sua vida na religiosidade e na família, que é muito unida em torno dos valores praticados pela matriarca. Leana continua como voluntária e colaboradora em ações sociais, envolvendo creches e asilos, além de participar ativamente de grupos de orações e na ajuda às pessoas que precisam.

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