Câmara de Alto Paraíso entrega ao governador documento contra “quebra-molas” nas rodovias GO-118 e GO-239

Decisão da Vara Cível e Criminal da Justiça Federal de Formosa de fevereiro desse ano, condenando o Estado de Goiás, por meio da Agência Goiana de Transportes e Obras/Goinfra, tem causado revolta e muita discussão entre a população de cidades, distritos e povoados, localizados às margens das rodovias estaduais GO-118 e GO-239, que cortam o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A Câmara de Vereadores de Alto Paraíso de Goiás, entrou no assunto, requerendo junto ao Governo do Estado providências para que medidas sejam tomadas que resolvam o problema. Em decisão da Justiça Federal, assinada pelo juiz substituto, Thadeu José Piragibe Afonso, ficou determinada a instalação de mecanismos redutores de velocidade na GO – 118 (trecho Alto Paraíso/São João D’ Aliança) e na GO-239 (trecho Alto Paraíso/São Jorge). Na decisão judicial, consta que a Goinfra, poderia optar entre ondulações transversais ou lombadas eletrônicas, como tentativa de conter ou diminuir o atropelamento de animais silvestres, que são abundantes na região, e que, segundo a decisão do juiz, estão sendo dizimados aos milhares, inclusive animais pertencentes a espécies ameaçadas de extinção.

IMPASSE – Segundo, Eliomar Bertoldo de Siqueira, presidente do Legislativo Municipal de Alto Paraiso, cidade para onde converge a grande maioria dos turistas em busca dos pontos atrativos da região a discordância com a decisão judicial partiu da própria população, não só de Alto Paraiso, mas de todas as outras cidades vizinhas e que utilizam a GO-118. A Goinfra, para atender a decisão da Justiça, optou em instalar um grande número de ondulações transversais (“quebra-molas”), que somente na estrada até o Distrito de São Jorge pode chegar a 13 redutores de velocidade. O  oficio  da Câmara de Alto Paraiso, assinado pelo presidente e vários outros vereadores e entregue  nas mãos do governador Ronaldo Caiado, durante a sua última passagem pela região, esclarece que é grande o número de ondulações previstas para os trechos considerados e grande também o risco de acidentes – caso se confirme a opção de quebra-molas, uma vez que os trechos são locais de tráfego de carreta e de caminhões com carga pesada e também de veículos de turistas e de munícipes o que pode, segundo o documento, ocasionar prejuízos não só materiais, mas principalmente causar acidentes com vítimas fatais.

POLEMICA –   A ação judicial na esfera federal, movida por entidades e organizações não governamentais ligadas a conservação da biodiversidade, contra o Governo do Estado, enfrenta resistência e recebe críticas, por meio de movimentações em redes sociais e até um abaixo-assinado com o intuito de não permitir a instalação de lombadas nas duas rodovias, principalmente na GO-118, considerada de alto risco, com grande número de acidentes e com um trânsito cada dia mais intenso. As pessoas contrárias à instalação desses “quebra-molas”, dizem que a integridade física e as vidas dos moradores e turistas que trafegam pelas duas rodovias que cruzam a chapada, estão sendo ameaçadas por uma decisão judicial equivocada.

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