Laboratório em Goiás analisa sementes ‘misteriosas’ recebidas pela internet

Governos pedem que as pessoas não abram, plantem ou joguem fora essas sementes e não descartam a possibilidade da entrada de pragas ou doenças que não existem ou estão erradicadas no país.

O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiânia/LFDA, deve analisar cerca de 150 pacotes de sementes misteriosas que brasileiros estão recebendo por correspondência junto com compras feitas pela internet. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/MAPA, a origem das embalagens são China e Malásia. De acordo com o ministério, pessoas do Distrito Federal e de 17 Estados afirmam ter recebido as sementes: Goiás, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. De acordo com a pesquisadora do LFDA, Roseli Chela Fenille, “Ainda não há resultados”. São análises demoradas e com muitas etapas. Em Goiás, nós já contabilizamos 19 pacotes. Ao todo, já recebemos 56 amostras, vindas do Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Roraima, Rondônia e Pernambuco, Paraná e Rio de Janeiro. Todo o material está sendo enviado ao laboratório goiano para diagnóstico fitossanitário e identificação das espécies. O laboratório da capital, foi escolhido pelo ministério por ser uma das unidades federais consideradas de referência no trabalho de diagnóstico vegetal.

CUIDADOS – A Agência Goiana de Defesa Agropecuária/Agrodefesa e o MAPA, alertam para os riscos da manipulação dessas substancias ainda não identificadas, como a possibilidade da entrada de pragas ou doenças que não existem ou estão erradicadas no país. O chefe de defesa agropecuária do ministério em Goiás, André Brandão Alves, pede que as pessoas não abram, plantem ou joguem fora essas sementes. “O recebimento de materiais como sementes sem a devida identificação e solicitação, podem levar a riscos como disseminação de pragas e introdução de espécie exóticas. Isso pode dizimar culturas e causar sérios danos na agricultura e meio ambiente. Essas embalagens podem estar contaminadas por vírus ou bactérias. A própria semente também pode ter sido tratada por algum defensivo que possa ser prejudicial à saúde”, explica André Brandão.

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