Vereadoras de Cavalcante denunciam “manobra” para aumento de salário do presidente da câmara
Elas acusam Availdo Riacho de vários crimes e de atropelar o regimento do Legislativo local
As vereadoras Karine Moreira e Mariângela Gomes, procuraram o Jornal de Cavalcante, vinculado em redes sociais, para denunciar, segundo elas, uma manobra, que aconteceu na manhã do dia 24 de agosto, durante sessão extraordinária da câmara de vereadores do município. Afirmam que o presidente do Legislativo local, vereador Availdo Riacho, em conluio com outros três vereadores, participaram de acordo para aumentar o salário do presidente dos atuais R$ 5,000 para R$ 7,500. Segundo Karine dos nove vereadores, participaram da sessão oito e que o Projeto de Lei Legislativo 02/2020, foi colocado em votação, com o resultado de quatro vereadores a favor da aprovação – Availdo Riacho, Rui Maciel, Iron Moreira e Salviano dos Santos e outros quatro contra – Karine Moreira, Mariângela Gomes, Aelton Alves Borges e Calixto Gonçalves. O vereador Samuel Paulino que não compareceu à sessão, por não ter sido avisado e por estar na zona rural, segundo Karine, também votaria contra a aprovação do projeto. Conforme se verifica, houve empate na votação. Porém o presidente Availdo, incorreu em erro ao votar, pois o Regimento Interno da Câmara de Cavalcante, estabelece que o presidente da casa “somente poderá votar nas hipóteses em que é exigível o quórum de votação de dois terços – que não foi o caso – e ainda nos casos de desempate, de eleição ou destituição de membros da mesa, além de outros previstos em lei”. Com seu próprio voto para empatar a votação, Availdo Riacho cometeu arbitrariedade e votou mais uma vez para desempatar a votação e, assim, ao arrepio da lei, aprovar o aumento do próprio salário. Karine lembra que o projeto de lei, que fixa os subsídios dos agentes públicos e políticos de Cavalcante, mantém os valores atuais para os cargos de prefeito, vice-prefeito e secretários para o próximo quadriênio, janeiro de 2021 a dezembro de 2024, aumentando em cerca de 50% os subsídios apenas da presidência da câmara. Além disso, este projeto é ilegal, já que há uma decisão e acordo entre o Congresso Nacional, Governo Federal, Estados e municípios nesta pandemia de que os salários estão congelados até dezembro de 2021, afirma. Para as vereadoras Karine e Mariângela o atual presidente Availdo Riacho dá como certa sua reeleição neste ano, apesar dos inúmeros processos em trâmite na Justiça contra ele, em sua maioria por estelionato, corrupção e extorsão.